terça-feira, 8 de outubro de 2013

O problema da rejeição - Deus me ama.

Nesses últimos tempos, tenho aprendido um pouco mais sobre mim e como uma pessoa que sofreu de rejeição reage. Eu não sei de forma científica, é um texto amador. Não sei exatamente aonde tudo isso começou, sei que a experiência da minha infância teve grande influência. 

Uma coisa que tem me deixado abalada é ver que a maior tática de destruir vidas que satanás tem usado é começar por destruir famílias. Desde pequena, quando alguém pergunta com quem eu moro, é sempre uma bagunça pra responder, é padrasto, meio-irmão, irmão-de-sangue, irmão-de-consideração, pai de lá, pai daqui... Não vou nem começar a explicar, mas saiba que é tudo uma bagunça que começou em divórcios e casamentos. Essa é a maior arma, destruir a origem, para que a nossa vida cresça baseada em falsos prumos

Desde pequena, o prumo errado que foi colocado na minha vida é de que eu nunca fui desejada, amada e respeitada. Cresci me esforçando para ser sempre a melhor e assim ser reconhecida por algo de bom. Não houve paciência no meu processo de aprendizagem e eu e meu irmão sempre ouvimos frases como "Quando é que você vai aprender?!", "Você não tem mais idade para isso!". Na adolescência, eu precisava ser ouvida e não conseguia me encaixar em nenhum grupo da escola, me sentia inferior demais pra estar com as outras meninas ou ter namorado.

Sempre foi muito profundo entender que o trabalho dos meus pais era mais importante que a minha apresentação do colégio. Sim, eu fui o caso clássico das crianças que não viam os pais na platéia quando tinha apresentação na escolinha. O problema é que essa mentira contada fez com que eu acreditasse que o meu valor está ligado ao meu desempenho e não a quem eu sou. Sempre me senti sozinha, e ainda me sinto. O tempo todo há uma sensação de "as pessoas não querem que eu esteja aqui porque me amam, mas porque me aturam". E essa sensação é mais comum do que eu pensava, várias meninas que eu tenho conhecido passam por isso e não sabem que é uma mentira que foi implantada no nosso coração. 

Quebrar tudo tem sido uma grande barreira, eu tenho passado por acompanhamento médico e espiritual, dou glórias a Deus pela vida do meu pastor, que tem caminhado de perto nesse meu conflito e me ajudado a entender que o Senhor me ama e isso é suficiente. Mas como entender o amor de Cristo se nunca experimentamos o amor de ninguém? Meu racional entende que tudo é uma mentira e que eu devo saber que sou amada por Deus e que fui escolhida por Ele em amor, porque Ele sonhou comigo. Mas o meu emocional é imaturo, eu necessito sentir para entender. Me pego várias vezes pensando "Se quem deveria me amar a vida toda nunca me amou, porque Deus que é Senhor, me amaria?". "Ser amada é uma vontade carnal que deve ser exterminada", eu penso, mas é mentira! Eu quero me sentir amada porque eu nasci para isso.

"Será que uma mãe pode esquecer do seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa se esquecer, eu não me esquecerei de você!" - Isaías 49:15.

Está sendo de grande aprendizado passar por isso. São noites e noites de choro e clamor, implorando pra Deus me libertar. É terrível não se sentir escolhida por Deus. É terrível não poder ser amada por Deus e crer na promessa Dele para a nossa vida. É muito doloroso não conseguir entender que um Deus que é tão grande se importaria com você. Tudo isso afeta meus relacionamentos, tenho crises de raiva profundas, de impiedade e de perfeccionismo. Ninguém pode discordar de mim, porque já me sinto rejeitada. As pessoas precisam "caminhar em ovos" ao conversar comigo para não me magoar. É difícil. 

Mas creio que é um tempo onde o Senhor está forjando o meu caráter e me ensinando coisas mais profundas a respeito da Palavra. Creio também que em breve Deus vai me livrar dessa fase e que vou poder ajudar muitas e muitas mulheres que não se amam e não se aceitam. Ninguém dá o que não tem, quando eu tiver em mim a convicção do amor de Deus, eu vou ministrar isso com tudo o que tenho, porque eu creio.


"Eu amo Sião e por isso não me calarei;não descansarei até que a sua vitória brilhe como o sol,e a sua salvação brilhe como uma tocha acesa.Jerusalém, todas as nações verão a sua vitória,todos os reis ficarão admirados com a sua beleza.Você terá um novo nome,um nome que o Senhor lhe dará.Você será como uma bela coroaque pertence ao Senhor, seu Deus.Nunca mais a chamarão de “Abandonada”,e a sua terra não será mais chamada de “Arrasada”.Você será chamada de “Minha querida”,e a sua terra, de “Minha esposa”.Pois o Senhor está contente com você,e a sua terra será a esposa dele.Assim como um moço casa com a sua noiva,também aquele que a construiu casará com você;assim como o noivo fica feliz com a noiva,também o seu Deus se alegrará com você."

Isaías 62:1-5 (NTLH)


Inspirado por: Seminário Veredas Antigas - Transformando Corações / Livro "Raiz da Rejeição" - Joyce Meyer.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

"Desespero" - Como estou hoje.

Para quem tem perguntado como estou.
Faz uns 6 meses que eu tenho recebido a orientação de escrever poemas. É estranho, mas é a pura verdade. "Filha, escreva poemas para Deus, descreva teu coração, o que você sente, o que você sonha." Então, comecei a gastar mais tempo me dedicando a escrever, a colocar de uma forma mais poética os meus medo e a verdade de como me sinto. O último que escrevi foi esse, creio ser o mais fiel em relação ao momento.

Desespero

“Caminhando e cantando e seguindo a canção” Não sou igual, eu corro, eu choro a pressão “Eu aguento” eu digo, me dou um sermão Eu canso, eu durmo, mas a mente não O som da injustiça, a porta que bate A vontade tremenda de gritar face a face O espaço lotado, ninguém pra ouvir Nem a música alta, não estou pra sorrir
Eu clamo, eu peço, grito misericórdia! A confusão é tamanha, só quero discórdia A dor das pessoas me parece comédia “Não quero saber de papo tragédia” A dor me cegou, estou impiedosa Não adianta abraçar ou me dar uma rosa Não peça ou espere eu ser carinhosa Eu sinto que estou uma flor espinhosa
Espero aprender sobre o que é o amor A falta da presença tanta dor me causou A rejeição e a angústia tanto medo gerou Hoje mal sei dizer que me ama meu Senhor Não peço dinheiro, independência ou fama Não quero gente pra dizer que tud’é drama Descansar minha mente quando deito na cama Sonhar, aprender, amar quem me ama.
“Cura Senhor, a mente em sofrimento O coração que não aguenta tanto argumento De tudo e de todos, só preciso do Vento A liberdade e o poder do Teu aposento Eu reconheço que és Deus de grande vitória Ajoelho e te faço pobre dedicatória Perdoe e controle o meu pensamento Quero sentir teu amor que dizem intenso Com alegria esperar o nosso ‘Casamento’”.


Ana C.

sábado, 31 de agosto de 2013

"Dead Come Alive" - Uma animação


"Você é o milagre que faz os mortos voltarem a viver"
Eu era morta, e voltei a vida quando te conheci. Eu te amo, Deus.


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Cordas - Jocum Monte das Águias

Nesse último domingo, dia 14 de Julho, fui para o Curso da Jocum, que chama-se Cordas. 


"Um curso de cordas desafiador que consiste em uma variedade de obstáculos desenhados com o propósito de desafiar os limites físico, mental e emocional dos participantes. Os obstáculos também tem o propósito de encorajar o trabalho em equipe visando o alcance de alvos específicos, o que torna o curso uma excelente ferramenta de treinamento para grupos, empresas, escolas, etc."
Quero deixar registrado essa experiência, ainda que breve, transformadora. Não me considero a pessoa mais corajosa e radical do mundo, mas com certeza, esse curso abriu um leque de opções de esportes que eu ainda quero desenvolver e desafios a superar.


Enfim, acabei me infiltrando no Doutores da Graça, que tinham ido comemorar o aniversário do Ministério no Cordas. Aliás, os admiro muito, assim como todos os ministérios da Bola de Neve Church, e tenho orgulho de dizer que fui convidada pela minha amiga querida e fundadora do Doutores, Brunna Lopes. (Ainda vou separar um post pra falar deles).


Primeiramente, fomos ministrados em uma atividade em grupo, no campo de futebol da base, as regras eram simples e as equipes foram sorteadas. O objetivo era nos ensinar que juntos íamos mais longe do que separados. "Um homem puxa um carro de 500 kg, dois homens puxam um de 1500 kg", mais ou menos isso. Uma regra interessante era a da criatividade, onde se perguntassem algo que poderia ser feito, isso já não valeria mais, exemplo "Pode usar as mãos?", a resposta: "Agora que você perguntou, não pode mais!". Objetivo era colocar a galinha de borracha o mais alto possível usando os canos de pvc e as conexões. Disseram que o design da nossa torre foi o mais bonito da historia do Cordas. Rs! O jogo tem um objetivo, não vou falar pra não estragar a brincadeira. Quem fizer, saberá. 

Depois fomos para um desafio de altura e superação, a famosa Tirolesa. Não há muito o que explicar. Mas o que foi ministrado pra mim quando estava sentada na plataforma foi "Ana, você consegue ver o fim do cabo de aço? Não. Há árvores no caminho e a distância da linha de chegada não permite que você veja como vai ser lá. E é isso que acontece na vida cristã, os obstáculos impedem que vejamos o caminho que o Senhor traçou, a gente sabe que só há um para ser seguido, mas não sabemos o que será no futuro e nem como alcançaremos. O negócio é se jogar nos braços de Deus e curtir, permitir que Ele nos leve até lá, confiando que Ele fará com que aquilo que é necessário aconteça." 

A atividade 3 foi o "Titanic", que era uma plataforma onde a base era uma meia lua e o objetivo era manter o equilíbrio com as pessoas em cima. Esse era pra simular como funciona as igrejas, ou grupos em geral. Me lembrou muito de obediência aos líderes, do trabalho sinérgico e da necessidade de apoio. Muito legal!

Após esse, subimos uma trilha e achamos uma plataforma grande até, que ficava à uns 10 metros de altura, talvez, mas que te lançaria pra 30m. Como? Mais ou menos assim, é um aparelho que chama "Swing" e que funciona como um balanço gigante. O peso dos cabos amarrados no teu corpo formam uma alavanca pra te jogar muito alto. Você sabe que vai voar. A tirolesa foi moleza  me joguei de pé, mas quando eu estava ainda no chão vendo as pessoas saltarem e voltarem abaladas do Swing, comecei a apavorar, subi tremendo, com as pernas bambas. Quando sentei na plataforma e o instrutor começou a ministrar, eu sabia que eu ia ter uma experiência tremenda com Deus. Ele começou a dizer que os planos do Senhor eram grandes na minha vida, e que eu não era uma mulher fraca e que encarava os desafios Dele. Na hora me veio "Quantas vezes eu deixei de fazer algo por falta de ousadia ou por medo de ser aceita? Quantas experiencias com Deus foram deixadas pra trás por causa do medo das consequências? Eu iria deixar com que o medo me paralisasse?", ai ele disse "Deus quer te ensinar a tomar decisões que não causarão arrependimento". Nessa hora pedi que ele soltasse a corda, eu decidi viver isso com Deus. E uau, foi de fato alucinante, o salto é muito rápido, e quando eu voltei pela segunda vez comecei a chorar, mas um choro bom, de adrenalina e vontade de saltar de novo. Foi o melhor, na minha opinião.  
 
Por último e não menos interessante, foi um jogo onde havia dois tablados de madeira e uma distância entre eles. Nós deveríamos passar todo mundo para o outro lado, sem tocar o chão e tínhamos apenas dois pedaços de madeira. Não vou explicar muito para que quem for fazer não vá bolando estratégias antes, mas foi demais, já que o tema foi "O pecado tem consequência", a cada toque no chão éramos punidos de alguma forma, sendo vendados ou ficando mudos. O que mais me tocou dessa brincadeira foi pensar que nós temos que nos mobilizar pra alcançar a todos, pensar no coletivo, ser criativos e ouvir a Deus. Olhando pra Ele, a estratégia é muito diferente do que olhar pra nós mesmos. Com Ele fica fácil passar os desafios da fé sem cair em pecado. Fantástico, eu diria.

Bom, deu pra perceber que além de uma apaixonada pela Jocum, fiquei total in love pelo Cordas, pretendo levar a minha família espiritual e espero que sejam tão abençoados como eu fui! É um curso barato (R$35 por pessoa) e aqui em Curitiba, acontece na Base Jocum Monte das Águias, que fica logo após Campo Magro. A dica é levar uma calça não muito fina, já que a "cadeirinha" dói um pouco, colocar uma roupa confortável e um tênis pra sujar, lembrando que comer bem não significa comer muito, rs, já que fica meio extremo algumas horas... Enfim, aproveitem, que Deus abençoe vocês.







http://www.cordascuritiba.org/Home.html


domingo, 23 de junho de 2013

A oferta mais cara do mundo

O dia que eu me converti de fato, já que eu já tinha tido um contato com a Bíblia anteriormente, foi o dia em que alguém, mandado por Deus, abriu a Palavra e leu:

"Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo." - Lucas 14:33


A pergunta foi se eu realmente entendia a profundidade disso. O texto nos convida a calcular o preço de seguir a Cristo, e o preço é tudo. Custe o que custar, Jesus deve ser o primeiro na nossa vida. Quando lembro do meu testemunho e de tudo o que Deus me ensinou nos primeiros dias, eu vi o quanto eu decidi entregar para Ele tudo o que havia na Ana. Naquele dia, a minha oração foi:

 "Qualquer coisa que o Senhor decidir para a minha vida, eu obedecerei, eu aceitarei porque eu Te amo. Eu renuncio ao sonho da universidade, de um casamento, de um emprego em que eu ganhe muito, de uma casa, de uma vida tranqüila, se necessário, por causa de Ti, porque eu desejo que o Senhor seja o meu primeiro lugar."

Eu entreguei tudo o que eu conseguia ver, todos os meus sonhos e desejos estavam agora nas mãos de Deus. Eu estava negando a mim mesma, carregando a minha cruz, porque eu tinha fé do quão bom seria ser uma discípula de Jesus. O que eu tinha naquele momento era uma fé que gera compromisso.

Conforme o tempo passa, nós vamos crescendo e crescendo em fé e sabedoria, mas volte e meia temos que voltar as raízes, ao alicerce, ver se não há alguma rachadura que possa arruinar toda uma construção feita por Deus. E geralmente, quando volto aos princípios básicos, vejo que acabei me esquecendo de algo novamente, e preciso entregar mais uma vez o meu coração. "Cansei" de ouvir "Deus não quer só um pedacinho de você, Deus te quer por inteiro", e aí me pego tentando, mais uma vez, com minhas próprias forças sanar um desejo do meu coração. Sempre me arrependo. E vejo que isso é falta de fé, de não confiar que o Senhor sabe o que é melhor pra mim e sabe também o que eu gostaria de ter/receber. Porque motivo Deus não se importaria comigo agora? Ele é o mesmo ontem, hoje se sempre será. Se há 2000 atrás Ele deu o Filho Dele, porque motivo não me daria uma vida feliz hoje?

Haverá momentos em nossas vidas que a nossa fé será provada. Que tudo aquilo que nós dizemos crer vai nos confrontar diretamente, e aí provaremos que valorizamos o conceito que Deus tem de nós acima do conceito que o homem tem. Provavelmente tomaremos decisões que vai nos gerar algum prejuízo, isso é inevitável, mas que produzirá uma glória eterna.

Quando entregamos todas as áreas da nossa vida para o Senhor, Ele pega. Quando eu não consigo entregar algo para Deus é porque no fundo eu tenho medo do que Ele vai fazer com a minha vida. Nesses momentos, eu ajoelho e faço aquela oração de entrega novamente, colocando tudo o que eu lembro de precioso para mim perante o Senhor e dizendo que quero que Ele seja o primeiro lugar, e não os desejos do meu coração.
Quando oramos dando o direito do Senhor fazer o que Ele quer e colocando tudo perante Ele,  tudo o que somos e o que sonhamos, a oferta é aceita. Porque o Senhor sabe que essa é a oferta mais cara que podemos dar, e a maior forma de adoração.

Tenha fé! Uma fé que é radical em obediência, uma fé que enfrenta batalhas, uma fé que não abre mão dos valores de Deus para a nossa vida, fé que muda a face da nossa família, do nosso caráter, da nossa sociedade e uma fé que reconhece que somos apenas homens e necessitamos do amor e da graça de Deus. Essa é a fé que Deus honra.

Deus não despreza um coração quebrantado e contrito. Essa é a oferta mais cara do mundo. 


(Baseado na pregação do Pr Paschoal Piragine/ PIB Curitiba, do dia 23/06/13)


Ana C.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Aprendendo a Perdoar como Jesus perdoou

"Quando vocês perdoam alguém, eu também perdoo. Porque, quando eu perdoo, se é que, de fato, tenho alguma coisa a perdoar, faço isso por causa de vocês, na presença de Cristo, a fim de que Satanás não se aproveite de nós; pois conhecemos bem os planos dele." 
2 Corintios 2:10-11

Perdoar não se baseia apenas na necessidade da limpeza da consciência ou na remoção da raiva. O perdão vai além disso. Acredito que Deus começou a trabalhar isso no meu coração. Quando me deparei com tudo o que eu já vivi - pareço uma senhora falando - a impressão que tenho é que às pessoas a quem mais me doei mais me machucaram.  A quem pude me afastar, me afastei. Mas como conviver com alguém que, segundo a regra, deveria amar e cuidar de você, mas não faz? E como ter uma lembrança amarga de alguém e viver ignorando isso? 
Eu ajoelhava, orava pedindo justiça, dizendo pra Deus que eu não gostava da pessoa porque ela me fazia mal, como se justificasse a minha conduta. E a primeira resposta foi, "Filha, Jesus nunca disse que você deveria amar apenas alguns, mas a todos." Comecei a orar para amar, orava e orava, mas as pessoas continuavam a me machucar e isso me afetava. Acabei odiando a ideia de ter que amar. 
Foi aí que eu entendi, de uma forma um pouco mais profunda, o que é a Graça de Deus. Todo esse desespero, gerou um transtorno de ansiedade, acabei sofrendo com vários efeitos psicossomáticos e tive que ceder ao tratamento com medicação, que até então tinha preconceito. 
"Você precisa perdoar. A falta de perdão está te consumindo." Eu ouvi isso.
Já decidi perdoar várias vezes, mas não era algo consumado em meu coração. 
"Tente mais uma vez. Ore diariamente por isso. Queira perdoar." 
Comecei a orar, dizendo que perdoava e abençoava as pessoas por quem me sentia injustiçada. Fui ministrada pelo amor de Deus, que dizia que me amou tanto que, ainda que sofrendo toda a injustiça, sofrendo toda a dor, aceitou me perdoar. Eu o machuquei mais que todos e Ele perdoou meus pecados sem ficar com mágoas ou rancor. 
Como eu não perdoaria a alguém que Jesus já perdoou? 
Assim, eu negaria a Graça que eu mesma recebi. Não ouso dizer que entendo e pratico isso totalmente. Mas não estou satisfeita comigo, eu quero aprender mais, eu preciso de Jesus. 


"Prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus." Filipenses 3:14


Ana C.

domingo, 5 de maio de 2013

"Conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor..."

"Ainda que uma mãe abandone o seu filho,eu contudo,diz o Senhor, não me esquecerei de ti." (Isaias 49:15)


Meu Pai me ama. Isso é muito óbvio, pra quem está na igreja ou fora dela. Ouvir que nosso Pai do céu nos ama é comum. Mas cheguei a conclusão, desde novembro do ano passado, que eu não sei o que é ser amada por Deus, e sei que muitas pessoas também não entenderam a profundidade disso. Eu não vou dizer que hoje é algo que está totalmente superado, mas que ultimamente, depois de meses orando, eu comecei a entender como o cuidado de Deus e o Seu amor é essencial e a base da nossa existência. 
Muitas vezes, nós procuramos experimentar o amor do Senhor baseado no amor que nós recebemos das pessoas mais próximas. Há uma tendência muito grande no meu coração de achar que o amor de Deus por mim é igual a dos meus pais. Não que seja muito diferente também, mas o que o Senhor declara no versículo acima é que "ainda que o melhor amor do mundo venha a falhar, o meu amor por você não falhará!", porque o amor Dele é perfeito, sem falhas. 
Eu atinjo o coração dos meus pais quando conquisto algo que supera as expectativas deles, e os decepciono quando falho. Meus pais sempre esperaram grandes coisas de seus filhos, mas hoje eu sou cristã e ter um emprego "de status" não me satisfaz e não me satisfará, dinheiro, casa grande, viagens, carros, nada disso faz sentido, mas para quem não conhece o amor de Deus em plenitude entende que esse tipo de realização é resultado de uma carreira de sucesso. Enfim. Tenho visto muitos cristãos que andam "patinando" na fé porque têm baseado o relacionamento com Deus nas coisas que fazem ou deixam de fazer, para que seu pai o veja como alguém de sucesso.
Sexta-feira, nos reunimos na casa de uma amiga pra orar e interceder pela nossa faculdade e lá o Espírito ministrou muito aos nossos corações a respeito das pessoas que já experimentaram do Senhor, mas estão tendo dificuldades pra abandonar o mundo. 

Deus pode se decepcionar com você? Podemos frustrar as expectativas Dele? 

Era o meu maior temor no ano passado, não conseguir atingir a meta que Deus tinha estipulado, não passar nas provas dos céus e morrer espiritualmente. Até que meu "paistor" me disse "Filha, você acha mesmo que o Senhor não conhece seus limites e não sabe o que você escolheria? Você já cumpriu as expectativas de Deus, ainda que errando e se arrependendo todos os dias. Ele não vai desistir de você." 
Percebi que eu estava baseando o meu relacionamento com o Senhor de acordo com o que eu fazia ou deixava de fazer por Ele. Se eu pecava, me sentia mal, sofria, chorava muito, e sentia Deus longe, como se a presença Dele fosse impossível. O pecado nos afasta de Deus, mas o arrependimento nos aproxima. Aí quando eu obedecia era "Aleluia, só benção!". O meu relacionamento estava baseado no que eu fazia e não no que Deus sente. Isso é conquistar a salvação por obras. Quando eu entendi que Deus não se afastava de mim na minha caminhada e que a promessa Dele é de que estaria comigo todos os dias até a consumação dos Séculos, o meu relacionamento com Ele mudou. O diabo adora sussurrar aos nossos ouvidos que não somos bons suficientes para estarmos com Deus, mas pela GRAÇA e pelo seu amor, Ele permanece fiel e nos ajudará quando cairmos e nos purificará.
Nessa reunião, nós oramos pedindo que o Senhor nos convencesse de que não é por esforço nosso que seremos libertos, limpos e santificados, mas pelo amor Dele, a obra é de Deus. Não vamos nos colocar numa prisão outra vez, transformando o Evangelho em um Evangelho pesado e impossível de seguir. Sejamos sinceros com Deus, vamos plantar a semente da oração e da humilhação, tendo a fé de que, após reconhecermos que nem mesmo os nossos sentimentos conseguimos controlar sem a presença Dele, colheremos frutos de santidade e favor de Deus. ELE QUEM NOS TRANSFORMA, porque Ele nos ama e quer nos levar para viver junto com Ele.

Nossa casa não é aqui! Somos peregrinos e estrangeiros nessa terra, vivemos no lugar em que Deus fez para o ser humano viver em comunhão com Ele, mas o próprio homem entregou para que satanás dominasse. Nós escolhemos o pecado no passado, mas se escolhermos dia após dia por Jesus Cristo, Ele nos libertará do domínio do diabo, fazendo com que nos libertemos do mundo. Amém? Amém.



Indico um livro que chama "Mente Renovada". Fantástico.

Ana C.






quinta-feira, 11 de abril de 2013

"Não corro como quem corre sem alvo..."

                         Esses dias atrás, eu estava correndo nas ruas aqui do bairro e ouvindo o "shuffle" da playlist quando começou a tocar "...I will run the race, untill I see Your face. Let me live in the glory of Your Grace. - E eu vou correr a corrida, até que eu veja a Sua face. Me permita viver a glória da Tua graça." E de repente uma ministração começou no meu coração e eu quero compartilhar nesse texto. 

                    De fato, faz alguns meses que Deus tem procurado através de situações e pessoas me mostrar o que é a Graça. Assim como sou uma amadora em Corrida de Rua, sou uma amadora da Graça. Até sei mais ou menos como funciona porque eu "sinto na pele", mas pra conhecer de forma profunda ainda vou ter que suar muito. Me lembrei de como eu recebi a Graça do Senhor, e como foi abundante. A Palavra diz que "Aonde aumentou o pecado, transbordou a graça" (Rm 5:20).
                          Comecei a comparar a minha caminhada na fé, ou melhor, corrida na fé, com a Corrida de Rua. Há um ano atrás, eu havia iniciado um treinamento, eu realmente desejei levar uma vida mais saudável e como sempre gostei de esportes e não tinha condição de investir em nenhum, resolvi correr nas ruas. Porém, lembro que comecei a pesquisar sobre como superar meus limites, o que comer, quais suplementos tomar, qual seria a próxima corrida de rua que eu pudesse participar. Comecei a correr todos os dias, treinando durante horas. Duas semanas depois, estava desgastada, com dores no corpo todo, cansada, com os joelhos machucados, imunidade baixíssima, doente e frustrada. Fato, parei de correr. E isso me remete claramente os meus 15 anos, quando com muita sede eu fui ao pote do Senhor, correndo mais do que aquilo que Ele desejava que eu corresse, tentando abraçar o mundo cristão. A ansiedade sempre me dominou, - em nome de Jesus, não domina mais! - e eu lembro de ter sempre a sensação de estar à frente dos meus irmãos, de ser mais sábia e estar mais entregue. Queria que o mundo inteiro se convertesse e comecei a me envolver num ativismo maluco na igreja, fugindo de ouvir a Deus e me achegar à Ele para ser curada e transformada. Dois anos e meio de Evangelho não foram suficientes para me transformar, eu ainda tinha o controle da minha vida e queria fazer do meu jeito, sem ao menos saber quais eram os meus limites. Acabei me desviando de uma forma bem intensa. 
1° Lição que eu tiro disso: O percurso é longo, de Maratona, e é necessário ouvir o Instrutor e receber a Sua orientação para que não nos desgastemos ou desanimemos na grande Corrida.

                     Dois anos e meio de tudo o que há de podre se passaram, até que o Senhor me resgatou, e eu recebi o maior presente do Universo que é o Perdão do Meu Pai que não poupou seu Filho, e o deu por amor de Mim, de Graça recebi. E aí percebi que eu havia pecado de uma forma tão profunda contra o Senhor, que a o perdão recebido, provavelmente, homem nenhum no mundo seria capaz de dar. Me sentia humilhada, totalmente fraca, mas agora eu já não me achegava a Deus com espírito de arrogância, mas sim em amor. E foi como nesse ano de 2013, quando voltei a correr, sabia que se eu fosse com muitos exageros nos treinos iniciais, provavelmente não duraria uma semana. No começo corria 10 minutos, parava, caminhava, corria mais um pouquinho. Lembrei das situações que vivi nos primeiros meses de convertida, morava com a minha discipuladora, o que foi um treinamento e tanto, tinha orientação sempre que eu precisasse. "Carol, você não está adiantada, nem atrasada, todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. O Senhor é o maior interessado na Tua vida e Ele vai dar um jeito de te orientar." Comecei a receber o leitinho espiritual, e tudo ocorreu de forma calma a libertar de vícios, de manias e de coisas que desagradavam a Deus e a colocar no meu coração que é Ele quem sabe o que é melhor pra mim. A Corrida ainda é a mesma de antes, porém, agora ouvir ao que o treinador diz é mais essencial do que tentar ir por contra própria, ainda que pareça que o treino é pouco e não está rendendo. Volta e meia e sinto cansaço quando a subida está íngreme, ou ás vezes a falta de ar me sufoca e me faz diminuir o ritmo. De tempos em tempos, a caminhada com Deus tem alguns obstáculos, alguns causados pelo terreno e suas subidas, mas são essas as adversidades, que o Nosso Melhor Instrutor preparou para nos tornar mais fortes. E vez em quando, o nosso próprio corpo, já fatigado, pede que diminuamos o ritmo e descansemos nos braços do Pai, confiando de que Ele sabe o que é melhor, e quando avançar, quando parar. Os resultados, frutos, muitas vezes demoram a aparecer, mas isso não significa que não há resultados e sim que a caminhada é longa e deve ser feita com prudência e perseverança.
2° Lição que eu tiro disso: Até que eu seja uma atleta de verdade e meu corpo esteja acostumado com o novo estilo de vida, ou seja, até que minha fé esteja firmada na Rocha, preciso renunciar a preguiça e o desânimo, dia após dia, ouvindo sempre a orientação do Grande Instrutor, buscando Nele e somente Nele tudo o que eu necessito, e crendo que Ele é fonte de água viva, que hidrata dia após dia o meu Espírito, me alimenta e me dá descanso. 



"Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre.

Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem esmurra o ar. "
1 Coríntios 9:25-26



Ps: Lembrando apenas, que quem também não tem treinamento, não suporta a corrida. Dedicação ao Senhor, sempre! Deus os abençoe.

Ana C.







sexta-feira, 5 de abril de 2013

Imensurável - Jéssica Navarro

Queridos,

Olha que linda a voz e a letra da música da minha amiga Jessica! A linda que Deus usou pra me levar pra PIB. Essa eu vi desde "morta" até o renascimento com Cristo! Que vocês possam apreciar, embora seja apenas a Demo sem a mixagem final. #apoio




Jé, é um prazer caminhar contigo, e oro para que a sua música seja ouvida em muitos cantos dessa terra!
Te amo.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

WILLIAM BOOTH - História que todo missionário deveria ler


Nascido em Nottingham, Inglaterra, em 10 de abril de 1829, William era filho de pais humildes. Tinha 3 irmãs e no seu lar nunca se falou de religião. Eram reservados e os vizinhos os olhavam como pessoas misteriosas. William tinha um primo sapateiro, metodista, cuja vida cristã era atraente. Com ele começou a aceitar alguns deveres religiosos. 

Samuel Booth, pai de William, adoeceu gravemente e buscaram a ajuda espiritual do sapateiro. Nos últimos instantes, seu pai compreendeu que havia gasto mal a vida, vivendo de maneira insensata. Arrependeu-se, pediu perdão dos pecados e morreu confiando em Jesus. Esse primeiro contato com a morte causou no ânimo de William uma forte impressão. 
Compreendeu que era um espírito imortal e que só tinha uma vida. Que faria para bem vivê-la? Tais pensamentos o levaram a uma igreja metodista da qual seu primo era membro e ali começou a frequentar uma classe onde se ministravam a palavra.
Quando se encontrou com Cristo, ficou muito clara na sua mente uma falha da qual, para livrar-se devia fazer uma confissão pública. Lutou, mas venceu. O peso lhe saiu do coração e experimentou a paz sem limites. Por esse tempo visitou em Nottingham um pastor metodista, James Caughey, piedoso homem de Deus e poderoso pregador. Uma onda de avivamento passou pela cidade e cerca de mil pessoas buscaram e encontraram a salvação em Jesus. William sentiu dentro de si a vocação de ganhar almas para Cristo arder. Fez amizade com um companheiro piedoso, William Sansom e os dois foram como Jonatas e Davi. Com ele iniciou as suas pregações. Foi durante uma revolução política de Londres que William teve a visão gloriosa da possibilidade de uma entrega total. Escreveu ao amigo:“Desejo oferecer-me ao exército, pois se for à Austrália como capelão dos prisioneiros, pregarei aos piores homens acerca da salvação.”Seu grito de combate era: “CRISTO PARA MIM”.
Pouco tempo depois dessa experiência, seu amigo Rabbitts aconselhou-o a abandonar a vida comercial da qual obtinha sustento, para aceitar um lugar num pastorado entre os reformadores. Era uma oportunidade de empregar o tempo no trabalho de Deus. Aceitou a oferta de um pequeno salário e, ao despedir-se, o patrão lhe ofereceu lucros vantajosos, mas William escapou da “escravidão” e passou a dedicar sua vida à serviço de Seu Mestre. 
Aos 23 anos, encontrou-se com a jovem que seria a sua companheira. Eram quase da mesma idade e sentiram fortes afinidades um pelo outro. Entregaram ao Senhor o problema (“o problema”, é assim que está no texto original! haha.) Ela era a senhorita Catarina Mumford membro assíduo e consagrado da Igreja Metodista. Seu lar era refinadamente cristão e muito cedo Catarina entregou o coração à Cristo. Desde menina revelava um caráter puro. Tinha dó dos que sofriam; Afligia-se pelos animais pálidos e magros e lhes comprava alimentos com o dinheiro que lhe aparecia; Leu muito e adquiriu conhecimentos como poucas meninas de sua idade. Sobretudo, lia a Bíblia e os escritos de Wesley, de Fletcher e de Branwell. “Quero ter um coração limpo”, repetia-se a si mesma. 
Por motivo de aliar-se aos reformadores, expulsaram-na da igreja onde passara a meninice. Foi então que conheceu William Booth. 
O primeiro contato se deu numa igreja reformada com a qual Catarina se filiara e onde William fora convidado a pregar. Pareceu-lhe que o sermão havia sido o melhor que já ouvira. A mensagem e personalidade do pregador a atraíram e ao se cumprimentarem eram como conhecidos de há muito tempo.
William gostava de decidir sem vacilações. Assim se deu quando decidiu se comprometer com Catarina e entrar no Seminário de Londres a fim de preparar-se melhor para o ministério da Palavra. Avançou tanto nos estudos que, em um ano, foi recomendado ministro, aprovado por 4 anos, podendo casar-se no primeiro ano. Foi nomeado pastor assistente numa igreja em Londres, mas foram tantos os convites para trabalhos de evangelização e tão grande a colheita de almas, que lhe deram mais liberdade de ação.
A cerimônia de casamento de Catarina e William não teve flores, nem
música, nem público. Eram a noiva, o noivo, o ministro e as testemunhas. Seguiram imediatamente para o campo de batalha: as 
casas de uns e de outros, evangelizando, doutrinando. Visitaram as ilhas do Canal da Mancha e as cidades do Norte e do Oeste da Inglaterra.
As “Festas de Amor” dos tempos de Wesley prosseguiam e William expressava o seu apego à ação direta do Espírito Santo para a vida deserviço. Catarina escreve à sua mãe: “Calcula-se que estavam presentes duas mil pessoas. Meu amado esposo falou por cerca de duas horas, com o interesse e a atenção de todos.”
Durante uma das campanhas que efetuou em Cornwall, aprendeu a importante lição de deixar o povo expandir-se de “Glórias e Aleluias”.
Tais demonstrações de súbita alegria espiritual se afastavam dos costumes de reservas e dos silenciosos cultos da época. Outra lição aprendida foi a de evitar as demonstrações públicas que lhes era oferecidas. 
William foi designado para dirigir uma campanha evangelística na sua cidade natal. Anos antes havia saído de Nottingham, como jovem pobre, desconhecido e sem emprego. Voltava como evangelista, coberto de honras e acompanhado de sua encantadora esposa. A capela com quem havia se encontrado com o Amado Salvador e onde havia recebedido a inspiração do piedoso Caughey para a sua vocação ministerial, regorgitava de gente querendo ouví-lo. Catarina escreve à mãe: “O Intendente Municipal, sua mulher e cinco filhos, vieram constantemente às reuniões”. O tesoureiro da igreja escreveu para uma revista: “O Senhor Booth é um homem extraordinário. Jamais passei, em toda a minha vida, seis semanas como essas últimas.”
A admirável obra do Senhor foi interrompida por uma estranha influência de oposições, encabeçada pelo velho ministro superintendente, que não podia ver um jovem como William com um extraordinário êxito. Muitos outros ministros, ao contrário,regozijavam-se no Senhor, reconhecendo que o Espírito Santo separou William para tão gloriosa obra. 
A tormenta se desencadeou na Conferência Anual. E assim, em 1857, com quarenta e quatro votos contra quarenta, que William cessasse sua obra de evangelização. Uma acalorada controvérsia durou cinco horas, precedendo essa decisão. O homem cuja paixão era a Salvação de Almas e que estava divinamente chamado para isso, não devia mais ir de pessoa em pessoa, nem de cidade em cidade. Devia assentar-se e servir calmamente à uma pequena e pobre congregação…
Os quatro anos de prova terminaram e William foi ordenado pastor, desfrutando de todos os privilégios de um ministro. Muitas e muitas igrejas solicitaram os seus serviços, mas os opositores se levantaram outra vez e a Conferência o nomeou à uma igreja em Gateshead. Estava decaída, mas o seu templo tinha a capacidade para mil e duzentas pessoas. Ao primeiro culto realizado, 130 pessoas compareceram, e 6 delas buscaram a salvação. E o crescimento começou a se dar, muitos ficaram em pé, apinhados, colados uns aos outros e o povo da cidade falava do Templo Metodista como a “Casa das Conversões”. 
No fogo da sua paixão pelas almas, William decidiu efetuar uma campanha de avivamento que durou dez semanas. As luzes do Pentecostes aí se iniciaram. Foram dias sagrados que ficaram conhecidos como “Dias com Deus”. Como resultado desse esforço, mais de 900 pessoas acharam a salvação. Entre essas, famílias inteiras. Muitos desses convertidos vieram a ser pregadores do Evangelho. O período de sua permanência em Gateshead foi prolongado de um ano para três. Durante todo esse tempo não cessou sua busca das almas para a salvação em Jesus. 
A esposa do ministro Palmer (vindos da América do Norte), começou a pregar sobre a Plenitude do Espírito. Isso desagradou a alguns ministros e se desencadeou uma terrível oposição contra as mulheres pregadoras. Chegou um bilhete de acusação às mãos da senhora Booth. Ela, tomando de pedaço de papel e um lápis escreveu uma perfeita defesa, que o esposo aprovou e deu toda a publicidade. Era intitulada “O ministério da Mulher”. O Espírito de Deus falou ao coração de Catarina, insistindo para que ela erguesse a sua voz feminina e testemunhasse publicamente de Cristo. Dentro dela mesma, respondeu“Não posso…”. E novamente afirmava: “Não posso fazer isso…”. Ao sentir, porém, que tais insinuações vinham do maligno, levantou-se e pediu ao esposo: “Quero dizer uma palavra!” 
William, aquela figura imponente, de cabeleira preta e revolta, e grandes e espertos olhos, disse ao público: “Minha querida esposa quer falar.” - que mulher extraordinária! Não, ela não falava por si mesma! O Espírito Santo à impulsionava a falar, tomou conta de sua garganta, de sua voz, do seu coração. Ela derramou a sua alma, falando sobre o assunto “Enchei-vos do Espírito!” A notícia desse primeiro sermão se espalhou por toda a Inglaterra, e além das fronteiras… Ela começou a receber convites para pregar. Tempos depois, quando o esposo adoeceu, Catarina dirigiu, com uma humildade e uma consagração dignas de aprovação, todos os cultos de William. A crítica à sua pessoa foi dolorosa. Mas esta serva do Senhor aceitou o preço como a porção que deveria sofrer por amor a Cristo. Voltando à Londres, o cenário dos desamparados moveu o coração de William de tal modo que acreditou que fosse a sua verdadeira missão o amparo aos desprovidos de sorte.

Tiveram eles a imensa alegria de vê-los convertidos e consagrados à Causa de Deus, todos os filhos. O primogênito, Bramwell, em homenagem ao seu antecessor, ofereceu a vida ao Senhor quando ainda muito jovem. Foi criada a “Missão Cristã do Oeste de Londres” e esta foi o início do “Exército de Salvação”. Decorria o ano de 1878. Catarina adoeceu de câncer e não quis se submeter à cirurgia. Durante os anos que passou sofrendo o martírio de tão terrível enfermidade, manifestou o mesmo propósito que havia tido no curso de sua vida desde o dia em que, junto com o esposo, se lançou a guerra santa, procurando despertar e levantar outras vidas. Deu, mesmo nos dias mais sombrios, mensagens à grandes congregações, todos sabendo que ela se encontrava às portas da morte. Em 14 de outubro de 1890, faleceu Catarina Booth. William vê partir para a eternidade a alma da companheira de mais de 40 anos de afinidade perfeita. Era querida e venerada por pessoas de todas as classes sociais. Cerca de 36 mil pessoas estiveram presentes no seu enterro. 
O “Daily Telegraph” publicou: “Era um quadro sumamente comovedor quando o alto e ereto se adiantou na penumbra para falar da perda que havia sofrido. Falou varonilmente, sem o menor sinal de fraqueza, como um soldado que havia aprendido a dominar as suas emoções. Poucas esposas no mundo tem recebido mensagens tão eloqüentes de seus maridos quanto o General Booth rendeu à sua companheira. Fácil é ver agora aonde se encontra a Fortaleza do EXÉRCITO DA SALVAÇÃO!”
Essa entidade de salvação, conhecida no mundo inteiro, foi organizada com todos os moldes de um exército de armas. Seus soldados percorreram todas as nações
Bramwell Booth, ao assumir a liderança no lugar do pai, disse as palavras que depois ficaram como lema: “Toda a terra é minha, pois todas as terras pertencem ao meu Pai Celestial!”. Evangelina Booth chegou a ocupar a posição eminente de general tendo antes passado um período de 30 anos como salvacionista nos Estados Unidos. 
William, que vinha enfermo da vista, submeteu-se à uma operação e o filho, ao dar a infeliz notícia da cegueira, recebeu a seguinte resposta:“Trabalhei para o meu Mestre com a minha vista, Bramwell, e agora trabalharei para Ele sem a vista.” Homem valente e admirável, santo de grande coração, elevou-se acima de novo para a luta. Ema, uma de suas filhas, sofreu um acidente ferroviário vindo a perder a vida e foi este um golpe terrível para o guerreiro William. Mais tarde, ao sentir as primeiras demonstrações de fraqueza física, disse a uma de suas filhas: “Já começo a antecipar o dia em que me encontrarei com sua querida mãe e com sua querida irmãzinha Ema.”


Certa vez - relata Minie Carpenter, sua biógrafa e salvacionista do Exército, - perguntaram a William qual o segredo do seu triunfo, ele exclamou: “DECIDI DAR A DEUS TUDO O QUE HAVIA EM WILLIAM BOOTH!”

E enquanto o Exército da Salvação prossegue, vitorioso, incendiando o mundo com a mensagem do Evangelho, o seu fundador passa os últimos dias terrenos confinado à um leito de dor. De vez em quando se ouve o grande cego exclamar: “Oh! A Salvação das gentes!… E dirigindo-se ao filho: “Oh Bramwell, cuida dos desamparados!” 
Suas últimas palavras audíveis foram “As promessas de Deus são CERTAS!” E faz ênfase ao adjetivo.
Fica inconsciente. Há só um suave respirar até o fim, quando é promovido à Glória Eterna, no dia 20 de agosto de 1912.

Amém, o que vocês tiram de proveitoso dessa história? 

Brasão do Exército da Salvação.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

"Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos..."

Como não me adaptei ao Tumblr, acabei me rendendo outra vez ao Blogger, vou tentar repaginar isso e colocar a Palavra de Deus pra falar. 


 Desde o princípio da minha caminhada, eu tenho visto o cuidado de Deus de uma forma tremenda sobre a minha vida, não apenas em livramentos ou provisão financeira, mas em cuidado direto de pai pra filho. Não tenho passado por momentos fáceis, e quero ser humilde o bastante pra dizer que sou uma novata na fé e que agora que estou firmando-a na Rocha. Mas tenho visto, que assim como eu, muitos cristão tem dificuldades grandes, não apenas em amar, mas principalmente em serem amados. Nas últimas semanas, eu estava o tempo todo vivendo um "Evangelho difícil e de dor", assistindo ao meu fracasso diante as tentativas frustradas de acertar. Orando o tempo todo "Perdão Pai, eu não sei mais o que fazer comigo".
O mais renovador disso tudo, foi quando depois de dias pedindo perdão e chorando perante Deus por causa da mesma razão, eu me dei conta de que sozinha eu não consigo, eu senti uma resposta muito confortante "Agora você entende um pouco do que é depender somente de Mim. Eu posso e Eu quero te transformar". 
Mas o mais profundo disso, foi que esses foram um dos dias que eu mais me senti sozinha em toda a caminhada, com aquela sensação de olhar ao redor e não achar refúgio. Não estava entendendo o porquê de tanta tristeza. Meu pastor, que sempre caminha ao meu lado, me disse "Ana, você precisa entender que não é necessário que você se sinta amada por Deus, para que de fato seja, você É e precisa apenas saber disso". A minha maior dificuldade é me desligar do emocional, fato. Mas entender um amor que eu não sinto? 
Foi quando a Vanessa, que foi a minha primeira discipuladora, me ligou dizendo que estava vindo me visitar por alguns dias. Sabia que era Deus provendo um alimento que enche o Espírito. Sentei com ela, abri o jogo, disse chorando que cria que eu era salva, mas que parecia mais que Deus havia me salvado por causa do propósito de salvar outras vidas, do que por causa da minha. Disse em soluços que eu cria que as bençãos de Deus eram pra todos, menos pra mim. E foi aí que ela começou a me lembrar quantas vezes o Senhor havia se importado, em me mimar, me dar coisas que eu não precisava, mas que eu queria, ou que Deus me apresentou pessoas legais pra ser exemplo. Quantas coisas Ele já havia feito por amor. Eu amei essa simplicidade do Evangelho que eu não ouvia faz tempo. Um Deus que AMA, é apenas isso. Eu fui salva, porque Ele me amou, Ele se entregou na Cruz por amor de mim! Foi por mim que Ele tirou ela de lá do Rio Grande do Sul e levou pra Irlanda pra ministrar meu coração e que agora a trouxe para um fim de semana comigo! Foi por amor a mim que eu ainda vivo.
Ela me lembrou de que Ele chora comigo quando eu choro, que ele sofre quando eu sofro, ainda que seja por causa das coisas que fazem Ele se entristecer, Ele vê as minhas dores e se importa com cada uma delas. Comecei a lembrar de tudo o que passei, das viagens missionárias em que eu me sentia totalmente completa, só com Ele, porque eu confiava de que Tudo Ele proveria, faria, me daria. Lembrei da primeira vez que pisei como missionária na Ilha Rasa e Ele teve todo o cuidado de fazer dessa a viagem mais especial de todas. EU era tão simples. 
Logo depois de chorar com ela, e dizer que eu estava sentindo falta da agitação que o Senhor tinha proporcionado no começo, o Pastor Israel me ligou, dizendo que queria que eu fosse buscar o grupo de americanos no aeroporto e fosse a tradutora deles até à Ilha Rasa! Uau! Outra vez! Foi imediato! O Senhor se lembrou de que eu me sinto amada por Ele quando posso ser útil à Ele e mais do que isso, que eu tinha valor. Ao rever os meus amigos americanos e depois o povo de Ilha Rasa, ver as crianças gritando "A tia Ana tá aqui!", ou "Ana, que bom que você veio", ainda que por 5 minutos, com aqueles abraços apertados eu me senti totalmente amada e cuidada por Deus. Senti que a benção maior, que é a de ser FILHA DO REI, eu já tenho, eu só precisava tomar posse dessa benção! Que nós saibamos, que glorificamos ao Senhor e o adoramos não apenas quando cantamos ou dizemos palavras de gratidão, mas também quando reconhecemos a grandeza do Seu amor conosco e tomamos posse de tudo aquilo que a Bíblia diz que nós somos, e somos MUITO amados!

"Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele."1 João 4:16



"E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos". Mateus 28:20


Deus, eu Te amo!