Para quem tem perguntado como estou.
Faz uns 6 meses que eu tenho recebido a orientação de escrever poemas. É estranho, mas é a pura verdade. "Filha, escreva poemas para Deus, descreva teu coração, o que você sente, o que você sonha." Então, comecei a gastar mais tempo me dedicando a escrever, a colocar de uma forma mais poética os meus medo e a verdade de como me sinto. O último que escrevi foi esse, creio ser o mais fiel em relação ao momento.
Desespero
“Caminhando e cantando e seguindo a canção”
Não sou igual, eu corro, eu choro a pressão
“Eu aguento” eu digo, me dou um sermão
Eu canso, eu durmo, mas a mente não
O som da injustiça, a porta que bate
A vontade tremenda de gritar face a face
O espaço lotado, ninguém pra ouvir
Nem a música alta, não estou pra sorrir
Eu clamo, eu peço, grito misericórdia!
A confusão é tamanha, só quero discórdia
A dor das pessoas me parece comédia
“Não quero saber de papo tragédia”
A dor me cegou, estou impiedosa
Não adianta abraçar ou me dar uma rosa
Não peça ou espere eu ser carinhosa
Eu sinto que estou uma flor espinhosa
Espero aprender sobre o que é o amor
A falta da presença tanta dor me causou
A rejeição e a angústia tanto medo gerou
Hoje mal sei dizer que me ama meu Senhor
Não peço dinheiro, independência ou fama
Não quero gente pra dizer que tud’é drama
Descansar minha mente quando deito na cama
Sonhar, aprender, amar quem me ama.
“Cura Senhor, a mente em sofrimento
O coração que não aguenta tanto argumento
De tudo e de todos, só preciso do Vento
A liberdade e o poder do Teu aposento
Eu reconheço que és Deus de grande vitória
Ajoelho e te faço pobre dedicatória
Perdoe e controle o meu pensamento
Quero sentir teu amor que dizem intenso
Com alegria esperar o nosso ‘Casamento’”.
Ana C.
Ana C.